Traço Azul

Sobre mim

O meu nome é Daniela Azul Luís.

Nasci e cresci no Barreiro, uma cidade que moldou as minhas raízes desde 1991. Foi aqui que, entre a calma do rio e a agitação da vida quotidiana, desenvolvi uma sensibilidade para as formas, as cores e as histórias que os espaços contam. Embora o meu caminho académico me tenha levado à arquitetura, a minha verdadeira paixão pelas artes sempre esteve à espreita, aguardando o momento certo para se manifestar.

Desde muito nova, a pintura e o desenho foram o meu refúgio, um espaço onde podia perder-me e encontrar-me ao mesmo tempo. No entanto, com o ritmo acelerado dos anos de faculdade e as exigências da vida, essa paixão foi sendo colocada de lado, silenciada, mas nunca esquecida. Em 2022, de uma forma inesperada e quase simbólica, tudo mudou. Um projeto escolar – uma sardinha que tive de pintar para a escola do meu filho – reacendeu a chama adormecida e reavivou em mim o desejo de criar. Foi um momento revelador, foi um convite para redescobrir uma parte essencial de mim.

Desde então, a pintura deixou de ser apenas um passatempo e tornou-se numa forma de viver e sentir. Cada desenho que faço ou pinto é uma extensão da minha alma, um reflexo das emoções que me atravessam e das experiências que me transformam. Pintar tornou-se num processo terapêutico, uma forma de libertar e processar sentimentos que nem sempre encontram palavras para se expressar. Gosto de explorar a fusão de técnicas e materiais, sem medo de errar, porque acredito que é nos erros e nas imperfeições que a verdadeira beleza se revela. Cada pincelada carrega uma parte da minha história, um fragmento das minhas memórias, e uma tentativa constante de capturar o intangível – o efémero, o fugaz, o inconstante.

A minha arte é um convite para uma jornada emocional, onde as cores vibrantes contrastam com os tons suaves, onde o abstrato se mistura com o concreto, e onde o caos encontra a harmonia. Através dos meus desenhos e pinturas, procuro partilhar um pedaço da minha essência e convido quem os observa a sentir, a refletir e a encontrar as suas próprias histórias neles.

Pintar, para mim, é voltar a casa. É uma viagem ao passado e uma busca contínua pelo novo. É o reencontro com a criança que, com um lápis na mão, sonhava em colorir o mundo. Hoje, cada obra é um passo nesse caminho, uma celebração da vida e das emoções que fazem parte de ser humano.

rabahos